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segunda-feira, julho 8, 2024

Renan Bolsonaro presta depoimento à PF e nega qualquer recebimento de propina

O advogado Frederick Wassef afirma que a intenção do processo contra Renan é atingir a imagem do presidente

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O filho mais novo do presidente Jair Messias Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, prestou depoimento nessa quinta-feira, 7/4, à Polícia Federal (PF), em Brasília, no inquérito que apura a prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

A PF apura se ele atuou junto ao governo em benefício da própria empresa e o inquérito contra Renan foi aberto em março de 2021, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em uma denúncia apresentada por parlamentares de oposição ao governo. O filho “04” de Bolsonaro, como é conhecido, nega envolvimento no caso.

Jair Renan chegou a pé ao prédio da Superintendência da PF, por volta das 16h e estava acompanhado do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

O depoimento durou cerca de três horas. Antes de a oitiva começar, Wassef disse à imprensa que Jair Renan nunca recebeu qualquer vantagem indevida e nem atuou a favor de nenhuma empresa junto ao g governo federal. Segundo o advogado, a denúncia contra Jair Renan visa atingir a imagem do presidente.

O filho ’04’ do presidente negou as acusações de recebimento de propina e de fazer parte do governo de seu pai. “Eu me sinto revoltado com tudo isso que tá acontecendo. Nunca recebi nenhum cargo, nenhum dinheiro, nunca fiz lavagem de dinheiro, e estão tentando me incriminar numa coisa que não fiz”, afirmou Jair Renan, em entrevista ao SBT.

“Não marquei nenhuma reunião com o governo. Nunca pedi nada ao governo, não faço parte do governo federal.”

O filho do presidente também reagiu, ao ser questionado sobre estar presente em reunião no Ministério do Desenvolvimento Regional. “Nunca pedi para ir na reunião nem nada, eu fui convidado. Só me convidaram, eu fui porque conhecia o pessoal lá. Entrei mudo e saí calado!”.

Sobre o caso – A PF investiga se Jair Renan atuou, em novembro de 2020, para que a empresa Gramazini, do ramo de mineração e construção, conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional sobre um projeto de construção de casas populares. À época da abertura das investigações, a empresa do filho de Bolsonaro (Bolsonaro Jr Eventos e Mídia) postou uma foto de duas peças de mármore, que decoram o escritório, e marcou a Gramazini.

A festa de inauguração do escritório da empresa de Jair Renan, em 2020, que teve cobertura de fotos e vídeos feita de graça por uma produtora que prestava serviços para o governo federal, contou com a participação de um dos sócios da Gramazini. Além disso, um parceiro comercial do filho do presidente, Allan Lucena, que dividia o escritório com ele, disse que ganhou um carro elétrico da empresa Neon Motors, ligada à Gramazini, como revelou o jornal “O Globo”.

À época da abertura do inquérito, o ministério disse que as reuniões foram marcadas a pedido de Jair Fonseca, um assessor especial do presidente da República. Jair Renan Bolsonaro e o parceiro comercial dele, Allan Lucena, participaram pessoalmente das duas reuniões na pasta, ao lado de empresários — um deles da Gramazini — em novembro do ano passado.

Em um dos encontros, o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) estava presente. Na agenda pública, só o nome do assessor da presidência aparece — não há menções ao filho do presidente ou aos empresários.

 

Da Redação com informações de O Valor

Foto: Reprodução / Instagram

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