Durante o início da sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira, 14/3, os vereadores foram surpreendidos com uma manifestação de um grupo de professores do cadastro reserva do concurso público de 2018 da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Após o protesto os parlamentares seguiram a sessão e aprovaram por unanimidade, o Projeto de Lei (PL) de nº 008/2021, de autoria do Poder Executivo que dispõe sobre o aumento do auxílio alimentação aos servidores municipais.
De acordo com a proposta o benefício que era de R$ 242 passa a ser R$ 484 e será pago a mais de dez mil servidores municipais. A proposta que tramitou em regime de urgência, passou pelas Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Economia e Orçamento e foi encaminhada para sanção do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
Conforme a Secretaria Municipal de Administração, Planejamento e Gestão (Semad) a mensagem enviada à Câmara, pede o reajuste do Auxílio Alimentação de servidores dos regimes celetista, RDAs, comissionados e os efetivos que se enquadram na regra específica do decreto vigente.
Promessa – O anúncio foi feito pelo prefeito de Manaus, David Almeida, durante a solenidade de abertura dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Manaus (CMM), no dia 02 de março de 2022.
O prefeito assinou a mensagem endereçada à CMM, solicitando reajuste de 100% no Auxílio Alimentação. De acordo com o prefeito, desde julho de 2009 os funcionários do município não recebiam reajuste do auxílio alimentação.
Manifestação – Além, da votação do projeto do executivo, os parlamentares foram surpreendidos com um grupo de professores do cadastro reserva do concurso público de 2018 da Semed. O grupo de manifestantes só foi atendido após o vereador Amom Mandel (sem partido) questionar a proibição dos mesmos, que segundo o vereador foram impedidos de acompanhar a sessão da galeria da casa legislativa.
“Como estamos na casa do povo, onde teoricamente deveria ser permitido que na galeria a população nos acompanhasse, eu gostaria de saber qual foi a justificativa e porque esses manifestantes, embora estivesse em grupo pequeno não foram permitidos entrar na Câmara Municipal”, questionou.
Amom Mandel continuou seu discurso defendendo os direitos dos manifestantes e disse que é preciso respeitar todos os pontos de vistas.
“Eu acho que qualquer manifestação grande ou pequena deve ser respeitada e sobretudo na casa do povo. Na Câmara municipal de Manaus nós temos que respeitar todos os pontos de vista e as correntes de pensamentos e essas pessoas devem receber autorização para entrar na Câmara Municipal”, defendeu o parlamentar.
Segundo informações da assessoria de comunicação da CMM, os manifestantes fazem parte dos aprovados do concurso de 2018, que aprovou 4.000 docentes, sendo 400 para vagas imediatas. Os demais ocuparam o cadastro reserva, sendo que até o momento já foram chamados 2.000, restando 1.600 que reivindicam a alocação nos quadros da Semed.
Após o questionamento do vereador Amom mandel, o presidente da CMM David Reis (Avante) deixou de presidir a sessão plenária para atender os manifestantes.
Durante reunião com o grupo, o vereador disse que vai procurar entender a situação junto à Secretaria de Educação e assim que obtiver resposta convocará novamente os professores para uma nova reunião.
“Foi uma reunião proveitosa e que buscamos entender a real situação dessa categoria e agora vamos procurar um entendimento para que esta situação seja solucionada o quanto antes possível”, garantiu David Reis.
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Por Redação
Foto: Divulgação