A Polícia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira, 11/3, mandados de busca e apreensão em endereços ligados a deputados federais do PL, por suspeita de desvio de recursos de emendas parlamentares. Os deputados Bosco Costa (PL), Pastor Gildenemir (PL) e Josimar de Maranhãozinho (PL), são alvos da ação, que é um desdobramento da investigação “Ágio Final”, deflagrada em dezembro de 2020.
A suspeita é que eles usariam um esquema de desvios articulado por Maranhãozinho, que já foi alvo de uma operação da PF no ano passado, envolvendo empresas de fachada e dinheiro vivo. As buscas estão sendo realizadas nas residências dos parlamentares e em escritórios políticos nos estados, mas não ocorrem nos gabinetes na Câmara dos Deputados.
A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. A PF havia solicitado buscas nos gabinetes dos parlamentares na Câmara dos Deputados, mas o ministro indeferiu esse pedido. Ele autorizou apenas buscas nos outros endereços deles, fora da Casa legislativa.
É a terceira operação da PF deflagrada contra Maranhãozinho, que já foi alvo de uma ação controlada na qual os investigadores gravaram vídeos do parlamentar manuseando caixas de dinheiro.
Em dezembro de 2020, Maranhãozinho foi alvo de uma ação batizada de “Descalabro”. Na ocasião, a PF fez buscas em 27 endereços em São Luís e no interior do Maranhão na tentativa de aprofundar uma investigação sigilosa sobre indícios de um esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares destinadas à Saúde do estado.
As investigações apontaram que Josimar destinou as emendas, na ordem de R$ 15 milhões, para municípios do interior do estado do Maranhão, seu reduto eleitoral, e depois recebeu os valores em espécie. Na época, o parlamentar negou irregularidades.
Em dezembro do ano passado, a PF concluiu o primeiro inquérito contra Maranhãozinho e apontou que ele cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso envolvendo as caixas de dinheiro.
O caso foi enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta denúncia ou arquiva a investigação, mas até hoje não houve uma definição.
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Da Redação com informações do UOL
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