O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco , desistiu da pré-candidatura à Presidência da República pelo Partido Social Democrata (PSD) nas eleições de 2022. Ele fez anúncio no plenário do Senado nesta quarta-feira,9/3, ao fazer um balanço de sua atuação à frente da Casa durante a pandemia.
“Nesse cenário tenho que me dedicar a conduzir o Senado para a tão desejada recuperação e reconstrução desse país”, disse Pacheco em seu discurso, onde explica a recusa da candidatura à Presidência.
“O cargo a mim confiado está acima de qualquer ambição eleitoral, meus compromissos são urgentes, inadiáveis e não compatíveis com vaidades”, continuou o presidente da Casa.
“Por isso, afirmo que é impossível conciliar essa difícil missão com uma campanha presidencial. O presidente do Senado precisa agir como um magistrado, conduzindo os trabalhos com serenidade, equilíbrio e isenção, buscando consensos possíveis em nome do melhor para o país. O que é incompatível com um embate eleitoral nacional, por mais civilizado que seja o processo”
Rodrigo Pacheco anunciou que seria o pré-candidato do PSD em novembro de 2021. Na ocasião, em Brasília, ele declarou: “Convocado a esta missão de servir o PSD, eu o faço na condição de presidente do Senado e, em relação às eleições de 2022, eu repito: estarei de corpo, alma, mente e coração a serviço do partido e a serviço do Brasil”, declarou Pacheco.
Candidato próprio – Após Pacheco desistir o presidente do PSD, Gilberto Kassab, insiste que o partido terá candidato próprio. A expectativa é que a sigla de Kassab anuncie o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como nome à Presidência pelo PSD.
Kassab estava presente na sessão e Pacheco agradeceu a “confiança” depositada em seu nome e recebeu, após o pronunciamento, palavras de apoio dos colegas parlamentares.
Ele disse lamentar a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco de desistir da candidatura ao Palácio do Planalto. Mas afirmou que a legenda não abre mão de lançar um candidato próprio.
“A candidatura do Rodrigo seria uma extraordinária alternativa para o país. Agora, com sua decisão tomada, nós do PSD vamos com calma analisar o quadro. Mas o que está definido é a posição irreversível do partido de ter candidato próprio para presidente da República”, afirmou Kassab.
Kassab não quis comentar como estão as negociações com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para ele deixar o PSDB e se candidatar à Presidência pelo PSD. Leite pretende aguardar até o final do mês, quando expira o prazo para políticos mudarem de partido sem risco sofrer punição da legenda.
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Da Redação com informações da CNN e UOL
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado