O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta segunda-feira, 7/3, que vai discutir medidas sobre o salto dos preços do petróleo, em reunião que será realizada nesta tarde com os Ministérios da Economia, Minas e Energia e a Petrobras. Bolsonaro voltou a criticar a política de preços da estatal que, segundo ele, alinha a variação dos combustíveis à cotação internacional do petróleo. O objetivo da reunião é evitar um repasse dos preços para as bombas dos postos de gasolina.
Ainda segundo o chefe do Executivo, a paridade no preço do petróleo significa que a Petrobras paga pelo produto o preço cobrado no mercado internacional e que repassa eventuais altas para refinarias, o que faz o aumento impactar no preço final pago na bomba dos postos de combustíveis. O presidente defende que toda alta do preço do barril de petróleo não seja repassada ao consumidor.
“Se for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível. […] A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil”, pontuou Bolsonaro.
Para Bolsonaro, a questão do petróleo é “grave”, mas pode ser resolvida. “Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema, nós vamos buscar uma solução para isso de forma bastante responsável”, declarou o presidente.
Alta de preços – No início desta segunda, o preço do barril de petróleo do tipo Brent, referência internacional, saltou 18% e chegou a ultrapassar US$ 139, atingindo seu nível mais alto desde 2008, muito perto do recorde absoluto de US$ 147,50 de julho de 2008.
O Brasil já vinha enfrentando, nos últimos meses, uma forte alta nos combustíveis. Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a situação tende a piorar, já que a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
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Da Redação com informações do G1 e EXAME
Foto: Divulgação/Alan Santos/PR