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sábado, setembro 7, 2024

Contrato milionário: Moradores de Manicoré questionam gastos com compra de medicamentos no valor de mais de R$ 12,4 milhões

O valor, conforme o Despacho de Homologação e Adjudicação do Pregão presencial nº 002/2022, publicado no Diário Oficial da Associação dos Municípios do Estado do Amazonas (AAM), no início do mês passado, será dividido entre três empresas que venceram o certame

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O suposto favorecimento de empresas em contratos licitatórios e a contratação de empresas envolvidas em investigações do Ministério Público do Amazonas (MPAM), fez com que os moradores do município de Manicoré questionassem a atuação do prefeito da cidade, Lúcio Flávio (PSD), quanto aos gastos milionários para a compra de medicamentos. A compra, no valor de mais de R$12,4 milhões, foi firmada por meio de um processo licitatório finalizado em janeiro deste ano.

O valor, conforme o despacho de Homologação e Adjudicação do pregão presencial nº 002/2022, publicado no Diário Oficial da Associação dos Municípios do Amazonas (AAM), no início do mês passado, será dividido entre três empresas que venceram o certame.

Conforme o documento a M. Brazão Produtos Farmacêuticos, CNPJ nº 04.378.537/0001-40; a Rio Amazonas Comércio e Distribuição de Medicamentos, CNPJ nº 30.554.501/0001-80, e a Ultrafarma Comercio de Produtos Farmacêuticos LTDA, CNPJ nº 07.555.491/0001-86, foram contratadas para fornecer medicamentos e insumos hospitalares básicos.

Pela publicação, a M. Brazão Produtos Farmacêuticos fechou um contrato com a Prefeitura de Manicoré no valor de R$ 1.156.762,00 (um milhão, cento e cinquenta e seis mil, setecentos e sessenta e dois reais); a Rio Amazonas Comércio e Distribuição de Medicamentos irá receber o valor de R$ 5.812.262,30 (cinco milhões, oitocentos e doze mil, duzentos e sessenta e dois reais e trinta centavos), e a Ultrafarma Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda fechou o contrato no valor de R$ 5.529.281,30 (cinco milhões, quinhentos e vinte e nove mil, duzentos e oitenta e um reais e trinta centavos).

Confira:

A publicação não detalha o tipo de medicamento nem que insumos hospitalares foram licitados e firmados por meio do contrato com as três empresas. Informações essas que não foram encontradas na transparência da Prefeitura municipal de Manicoré.

Suspeitas e criticas – A ausência de informações foi um dos fatores questionados pelos moradores do município que também acharam estranho o gasto milionário, mesmo a questão de saúde publica sendo de suma importância.

“Qualquer coisa de saúde é importante, mas claro se chegar ao destino final. Se não for em contrato superfaturado. Infelizmente nunca fica tudo claro nesses processos e a gente sabe que muita coisa passa batido, muita coisa não chega até a população”, disse um morador que preferiu não ter o nome divulgado.

“Aqui em Manicoré vez ou outra tem problema com falta de medicamento, de material. A gente acha estranho, porque sempre tem essas compras milionárias. Mas onde vai parar tudo isso? Espero que dessa vez chegue de fato e não seja mais um caso onde ninguém viu o dinheiro e nem os produtos”, opinou uma dona de casa, moradora do bairro Manicorezinho, que, com medo de represálias, preferiu não ter o nome divulgado.

Informações e resposta – A falta de informações referente ao contrato, no valor total é de R$ 12.498.305,60 (doze milhões, quatrocentos e noventa e oito mil, trezentos e cinco reais e sessenta centavos), foi questionada pelo Portal O Convergente ao entrar em contato, por meio de endereço eletrônico, com a Prefeitura de Manicoré. Porém, até a publicação da matéria não tivermos reposta quanto ao assunto e nem quanto à reclamação dos moradores.

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Da Redação

 

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