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quinta-feira, novembro 21, 2024

Força Nacional atua em duas frentes no combate a extração de garimpo ilegal na calha do rio Madeira

Policiais da Força Nacional realizam ação ao longo da calha do rio Madeira, com equipes saindo de Porto Velho (RO) a Borba, e de Borba a Porto Velho. Ao longo do fim de semana, 131 balsas de extração de garimpo ilegal foram destruídas e três pessoas foram presas, durante a operação “Uiara”, deflagrada em combate a forma indiscriminada de garimpeiros na calha do rio Madeira

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Integrantes da Força Nacional estão atuando em duas frentes para combater a extração de garimpo ilegal na calha do rio Madeira, no Amazonas. Nesse domingo, 28/11, policiais saíram de Porto Velho (RO) em direção ao município de Borba, e de Borba segue outra equipe, no sentido de Porto Velho. A atuação da Força Nacional na região se dar, após o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) pedir apoio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para conter a ação dos garimpeiros na região.

Ao longo do fim de semana, 131 balsas de extração de garimpo ilegal foram destruídas e três pessoas foram presas durante a operação “Uiara”, deflagrada naquela região pela Polícia Federal, Marinha do Brasil e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Centenas de balsas, conhecidas como “dragas”, estavam atuando de forma indiscriminada na calha do rio Madeira, nas proximidades da comunidade Rosarinho, entre as cidades de Autazes e Nova Olinda do Norte, a cerca de 120 quilômetros de Manaus.

De acordo com moradores da região, os garimpeiros já estavam naquela área há pelo menos quatro meses, entretanto, a invasão de centenas de balsas começou há mais de 15 dias, após a notícia que garimpeiros teriam encontrado grande volume de ouro no local.

Após as imagens repercutirem na imprensa e o Governo Federal prometer uma ação de combate ao garimpo ilegal, as dragas começaram a se dispersar na última quinta-feira, 25/11, e desfizeram a “vila flutuante” no dia seguinte, na sexta-feira.

Dispersão – Nesta segunda-feira, 29/11, na chegada ao Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que o garimpo no Rio Madeira foi devidamente dispersado e que a ação deveria ser deflagada como foi.

“O garimpo já foi devidamente dispersado, vamos dizer assim. Mas tem que manter vigilância constante, porque tem ouro lá. Se não houver vigilância constante, o pessoal volta. Tinha que ter feito da forma como foi. Quem está ilegal, tem que ter equipamento destruído ou apreendido”, afirmou Mourão.

Desabrigados – Por outro lado, a ação deixou dezenas de famílias de garimpeiros desabrigados, somente com a roupa do corpo ou poucos pertences ao longo das margens do rio. Após a deflagração da operação, nas cidades de Borba e Manicoré os garimpeiros e moradores dos locais chegaram a fazer manifestações, de forma pacífica, contra os atos de repreensão.

Os garimpeiros reconhecem a ilegalidade da atividade, mas reclamam da truculência das forças federais na ação.

Acolhimento – A Prefeitura do município de Autazes, por meio de nota, informou que acolheu as famílias de garimpeiros que tiveram as balsas queimadas durante a operação. O prefeito do município, Andreson Cavalcante (PSC) destacou que em torno de 70 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, ficaram isoladas em Autazes, após terem suas balsas queimadas.

Ainda segundo a nota, na tarde de ontem, a Prefeitura de Autazes em parceria com a Prefeitura de Manicoré, conseguiram organizar o retorno das famílias a sua cidade de origem, Manicoré.

Além disso, a Prefeitura de Manicoré também encaminhou barcos para Borba, para dar suporte necessário às famílias e garantir o retorno para a cidade. Diante da pressão popular para que sejam realizadas ações humanitárias para os garimpeiros, a Câmara Municipal de Manicoré está debatendo a criação de um Grupo de Acolhimento as Famílias Manicoreeses, que ficaram desabrigadas após a ação.

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Por Redação com informações do Estadão, G1 e assessorias de imprensa

Fotos: André Borges/Estadão e divulgação

 

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