O Exército impôs sigilo aos documentos do processo em que autorizou a matrícula da filha do presidente Jair Bolsonaro, Laura Bolsonaro, no Colégio Militar de Brasília sem processo seletivo. Ao jornal Folha de S.Paulo, que solicitou acesso aos documentos via Lei de Acesso à Informação, a Força os classificou como reservados, status que se manterá até o fim da atual gestão federal “ou do último mandato, em caso de reeleição”.
Na negativa, o Exército mencionou uma “possibilidade de os documentos colocarem em risco a segurança do presidente da República e respectiva filha”. A permissão para a matrícula excepcional de Laura Bolsonaro partiu do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Segundo o Centro de Comunicação Social da Força, houve um parecer favorável à decisão, elaborado pelo Departamento de Educação do Exército
O Exército argumentou que a menor é dependente legal do presidente da República, comandante supremo das Forças Armadas, e o regulamento faculta ao comandante do Exército apreciar casos considerados especiais.
Outros candidatos – O Colégio Militar de Brasília (CMB), onde a filha do presidente conseguiu a vaga, terá a disputa de 1.057 candidatos para 15 vagas. Isso representa a concorrência de 70,4 inscritos para cada vaga.
As inscrições no processo seletivo para o ano de 2022 foram voltadas apenas para o 6º ano do Ensino Fundamental, ano escolar em que a filha do presidente com Michelle, Laura Bolsonaro, de 11 anos, estará no próximo ano.
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Da Redação com informação dos portais Carta Capital e UOL
Foto: José Cruz/Agência Brasil