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quinta-feira, novembro 21, 2024

Bolsonaro chega a Roma para encerramento encontro do G20

O presidente chegou a Roma para participar do encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo. o G20 é uma espécie de prévia da COP 26, que é a conferência mundial sobre o clima da ONU. O evento começa neste fim de semana em Glasgow (Escócia). Bolsonaro não quis participar da COP 26.

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O presidente Jair Bolsonaro chegou a Roma, na Itália, nesta sexta-feira, 29/10, para participar do encerramento da semana da Cúpula de Líderes do G20, o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. O encontro será uma espécie de prévia da COP26, que acontecerá na Escócia, mas também devem ser discutidas pautas comerciais, especialmente em reuniões bilaterais.

O presidente viajou acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Joaquim Leite (Meio Ambiente). O presidente, no entanto, não participará da reunião do clima na Escócia, ele seguirá em uma agenda pela Itália.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro será recebido pelo presidente italiano, Sergio Matarella. Não há previsão da participação de Mario Draghi, o primeiro-ministro e chefe de fato do governo da Itália. Depois do encontro do G20, Bolsonaro vai visitar o vilarejo de Anguillara Vêneta, de 4 mil habitantes. Foi lá que nasceu Vittorio Bolzonaro, um bisavô do presidente.

A prefeita Alessandra Buoso, da Liga, partido de extrema direita, deve dar a Bolsonaro o título de Cidadão Honorário do Município. Políticos italianos, religiosos católicos e brasileiros que vivem na Itália fizeram protestos pela concessão desse título honorário. Para Dario Marini, secretário regional do Partito Comunista Italiano, “dar cidadania honorária à Bolsonaro é como dar o Prêmio Nobel a um médico contrário a vacinas”.

No sábado, 30, e domingo, 31, o presidente participa das atividades do G20, onde deve ter outros encontros bilaterais com autoridades estrangeiras, além de reuniões internas.

Visita à Basílica de Pádua – Do vilarejo de Anguillara Vêneta, Bolsonaro seguirá para a cidade de Pádua. Ainda não foi confirmada a visita dele à Basílica de Santo Antônio de Pádua, onde estão as relíquias do santo padroeiro da cidade.

Essa igreja que divulgou uma nota em que manifesta descontentamento com a concessão do título de cidadão honorário a Bolsonaro pela cidade Anguillara Veneta. Na nota, intitulada “Laços com o Brasil, apelo a Bolsonaro”, os religiosos católicos salientam a presença de missionários da região entre os indígenas, destacando as figuras dos padres Ezechiele Ramin e Ruggero Ruvoletto, ambos assassinados por pistoleiros no Brasil.

Recentemente, mais de 400 padres e 10 bispos católicos do Brasil assinaram um manifesto que acusa o presidente Jair Bolsonaro de ter profanado o Santuário de Nossa Senhora Aparecida no último dia 12, dia da padroeira do país. Na terça-feira, 2/11, Bolsonaro viajará para Pistoia para participar da Cerimônia em Memória dos Pracinhas brasileiros falecidos na Segunda Guerra Mundial no Monumento Votivo Militar Brasileiro. Em seguida, voltará ao Brasil.

COP26 – A COP 26 é a conferência mundial sobre o clima organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento começa neste fim de semana em Glasgow (Escócia). O presidente Jair Bolsonaro não quis participar da COP 26. O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, também não participará da COP 26.

A principal autoridade brasileira na conferência será o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Questionado sobre a ausência de Bolsonaro no evento, Mourão respondeu. “Sabe que o presidente Bolsonaro sofre uma série de críticas. Então, ele vai chegar em um lugar em que todo mundo vai jogar pedra nele. Está uma equipe robusta lá com capacidade para, vamos dizer, levar adiante a estratégia de negociação”, disse.

A assessoria da presidência da República porém, informou em nora que: “Por motivo de agenda, o presidente da República participará da COP 26 por meio de vídeo, gravado e já enviado aos organizadores do evento”.

Bolsonaro é criticado pela comunidade internacional pela gestão ambiental do atual governo. O presidente costuma dizer que há uma “indústria de multas” nos órgãos ambientais; que sofre “ataques injustificados”, apesar dos recordes de desmatamento; e que “floresta não pega fogo”.

O Brasil chega à COP 26 com as emissões de gases estufa em alta e a credibilidade em baixa. O país se comprometeu a reduzir em 43% as emissões de gases estufa até 2030. Essa foi a meta oficial apresentada no Acordo de Paris.

No entanto, no fim do ano passado, o governo federal mudou a base de cálculo das metas brasileiras, o que, segundo especialistas, significa permissão para poluir mais.

Do Acordo de Paris para 2020, em vez de reduzir, o Brasil elevou as emissões de gases estufa em quase 5%. É o que revela um relatório do Observatório do Clima divulgado nesta quinta-feira, 28. Apenas no ano passado, em plena pandemia, enquanto o mundo registrava uma queda de 6,7% nas emissões, o Brasil seguia na contramão: um aumento de 9,5%, o maior desde 2006.

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Com informações Portal G1 e Agência Brasil

Foto: José Dias/PR e Antônio Cruz/Agência Brasil

 

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