Se um dia caminhei junto não me lembro. É mais ou menos assim que o vice-prefeito Marcos Rotta deixa o DEM para se desvincular da imagem do candidato ao Governo do Amazonas, Amazonino Mendes, liderança no União Brasil. Rotta se abrigou no governo de Mendes, na Secretaria de Estado da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), de agosto a dezembro de 2018, a convite do então governador após se sentir desprestigiado na gestão tucana de Arthur Virgílio Neto (PSDB).
O partido criado a partir da fusão do DEM com o PSL, o União Brasil não comporta os sonhos do vice-prefeito e, por isso, ele deixa a nova sigla sem mesmo ter entrado oficialmente nela. No ano que vem Rotta quer, finalmente, poder concorrer ao governo do Estado.
Além disso, Rotta não quer perder as bênçãos de David Almeida (Avante), que já envereda por caminhos opostos ao de Mendes, e se articula para possivelmente fazer uma dobradinha com Wilson Lima (PSC), que tentará a reeleição. Rotta se abrigou no governo de Mendes, na Secretaria de Estado da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), de agosto a dezembro de 2018, a convite do então governador.
Para sacramentar o interesse, é provável que o vice-prefeito de Manaus seja anunciado nos quadros do PSC nos próximos dias. Rotta esteve no DEM por dois anos e um mês. Na carta de desfiliação endereçada ao presidente estadual do DEM, Pauderney Avelino, ele afirmou se tratar de decisão em caráter “irrevogável e irretratável” por motivos de “foro íntimo”.
Conforme Rotta, a saída do DEM ocorreu sem maiores sobressaltos. “Tive uma conversa amigável com o Pauderney. Ele entendeu minha posição. É uma questão de alinhamento político com o prefeito e com o grupo do qual faço parte”, afirmou.
O vice-prefeito também comunicou sua decisão ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM).
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Da Redação
Foto: Ruan Souza / Semcom