A CPI da Covid entra na reta final dos trabalhos. O último depoimento agendado é o do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no próximo dia 18. Até lá, o relator da CPI Renan Calheiros (MDB-AL) estará à disposição dos senadores para sugestões de acréscimos ao relatório final, que deve ser lido no dia 19 e votado no dia seguinte, 20.
Renan prometeu se reunir com os senadores para colher sugestões de acréscimos ao relatório, que estará disponível a partir do dia 18. “Nós estamos desenhando o relatório final, que, a partir do dia 15, será discutido individualmente com cada um dos senadores e senadoras desta comissão parlamentar de inquérito”, anunciou Renan.
A ideia, segundo Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é assegurar que todos os senadores tenham acesso ao documento antes da leitura no dia 19, data em que será concedida entrevista coletiva.
“A presidência desta CPI concederá 24 horas de vista, e o relatório já estará disponível para todas e todos já a partir do dia 18, com os termos e textos finais. Após as 24 horas de vista, no dia 20 nós votaremos o relatório”, apontou o vice-presidente do colegiado.
Se aprovado pela maioria dos membros, a CPI vai entregar o resultado a pelo menos quatro órgãos. No dia 26, os senadores devem apresentar o texto à Procuradoria da República no Distrito Federal. Caso seja apontado crime de responsabilidade por parte de alguma autoridade, senadores entregarão o relatório ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também no dia 26.
Entre os dias 27 e 28, o texto deve ser entregue ao Ministério Público do Estado de São Paulo, que criou uma força-tarefa para investigar a Prevent Senior, e à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo.
Após o fim da CPI, será criado um observatório parlamentar para acompanhar as ações que serão tomadas a partir do relatório final. A criação desse observatório foi sugerida pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN).
“Acatada a sugestão da senadora Zenaide, é transformar o coletivo que integrou esta comissão parlamentar de inquérito em um observatório parlamentar de acompanhamento das consequências desta CPI”, apontou Randolfe.
Até o momento, a CPI da Covid tem uma lista com 37 nomes de investigados, entre eles ministros ou ex-ministros, secretários e ex-secretários municipais de saúde, médicos e empresários:
- Antônio Élcio Franco Filho;
- Arthur Weintraub;
- Carlos R. Wizard Martins;
- Eduardo Pazuello;
- Ernesto Henrique F. Araújo;
- Fábio Wajngarten;
- Hélio Angotti Neto;
- Luciano Dias Azevedo;
- Marcellus Campelo;
- Marcelo A. C. Queiroga Lopes;
- Mayra Isabel Correa Pinheiro;
- Nise Hitomi Yamaguchi;
- Paolo Marinho de A. Zanoto;
- Ricardo José M. Barros;
- Túlio Belchior M. da Silveira;
- Emanuel Catori;
- Francisco Emerson Maximiano;
- Roberto Ferreira Dias;
- José Ricardo Santana;
- José Alves Filho;
- Cristiano Carvalho;
- Emauella Medrades;
- Hélcio Bruno de Almeida;
- Luciano Hang;
- Luiz P. Dominguetti Pereira;
- Marcelo Bento Pires;
- Onyx Lorenzoni;
- Osmar Terra;
- Regina Célia S. Oliveira;
- Marconny N. R. A. de Faria;
- Wagner de Campos Rosário;
- Pedro B. Batista Júnior;
- Marcos Tolentino da Silva;
- Danilo Berndt Trento;
- Otavio Fakhoury;
- Allan Lopes dos Santos;
- Mauro Luiz de Britto Ribeiro.
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Com informações Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado