A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira, 7/10, a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que será ouvido pelo no dia 18 de outubro, segunda-feira. O anúncio foi feito pelo presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM). A votação do relatório permanece marcada para o dia 20. O pleito para reconvocação foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Queiroga, que já compareceu à CPI em duas oitivas anteriores (em 6 de maio e em 8 de junho), deve ser pressionado a esclarecer temas como a interrupção (já revogada) da vacinação para adolescentes no país e a retirada de pauta de um parecer sobre a cloroquina em reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Serviço Nacional de Saúde (Conitec).
O ministro também deve ser cobrado a explicar a possibilidade de retirar da campanha de imunização em 2022 a CoronaVac —vacina produzida pelo Instituto Butantan (SP) em parceria com o laboratório chinês SinoVac.
Anteontem, a CPI aprovou um requerimento que exige de Queiroga, em 48 horas, respostas a tais questionamentos. Foi uma alternativa para que ele não precisasse voltar a depor presencialmente na CPI, mas os senadores não receberam resposta.
Antes de o requerimento ser aprovado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu que há tempo hábil para ouvir o Queiroga e que a CPI não poderia encerrar os trabalhos sem um parecer da Conitec sobre a ineficácia da cloroquina.
“São questionamentos simples, seu presidente. Embora essa CPI tenha estimado prazo de 48 horas para a chegada das informações, o senhor ministro ainda não respondeu”, disse ele.
O senador também disse não duvidar que o ministro Queiroga será demitido do cargo após o encerramento dos trabalhos da CPI. “Estava previsto para hoje uma reunião da Conitec para finalmente emitir um parecer técnico da ineficácia do uso da cloroquina. O que ocorre? O presidente da República se irrita com o ministro Queiroga e determina, lá do Palácio do Planalto, a retirada do tema da pauta da Conitec”, falou.
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Com informações Portal UOL e Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado