O senador Renan Calheiros (MDB-AL) adiou mais uma vez a entrega do relatório final da CPI da Covid, que estava prevista para a próxima semana, e agora deve ocorrer na primeira semana de outubro. Novas linhas de investigação na reta final da CPI adiaram a conclusão. A entrega será feita após uma cerimônia de encerramento da comissão.
Os parlamentares querem coletar mais informações sobre empresas ligadas a lobistas que negociaram vacinas ou outros contratos com o Ministério da Saúde. Além disso, os senadores defendem uma apuração mais aprofundada sobre a atuação da Prevent Senior com o uso de medicamentos do kit covid, além de fraude e ocultação de mortes na realização de estudo sobre o uso combinado de hidroxicloroquina e azitromicina.
A operadora de planos de saúde alega que os médicos por trás do dossiê mentiram; o diretor-executivo da Prevent, Pedro Benedito Batista Júnior, presta depoimento aos senadores na próxima quarta-feira, 22.
A CPI também colocou no radar uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Seria o terceiro depoimento do chefe da pasta. O ministro é um das autoridades formalmente investigadas pela comissão e poderá ser responsabilizado no relatório de Renan em função da atuação à frente do ministério.
Na semana passada, o ministro atribuiu ao presidente Jair Bolsonaro a orientação para rever a vacinação de adolescentes. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um requerimento de convocação de Queiroga para esclarecer a suspensão de vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos e o planejamento de imunização para 2022.
A CPI deve analisar nesta terça-feira, 21, os novos requerimentos apresentados e definir os próximos passos da investigação.
Indiciamento – O relator deve pedir em seu relatório final o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por prevaricação ao não acionar os órgãos de investigação sobre denúncias de irregularidades na negociação da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.
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Com informações O Estado de S.Paulo
Foto: Pedro França/Agência Senado