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sexta-feira, novembro 22, 2024

‘Política do Governo Federal nunca esteve voltada para a imunização’, afirma senador Omar em entrevista

O presidente da CPI da Covid-19, que foi destaque nas páginas amarelas da revista, fez um balanço dos trabalhos da comissão investigadora, falou sobre os erros no enfrentamento à pandemia no país e sobre os próximos passos do colegiado

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Com os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 próximos à reta final, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), em entrevista para as Páginas Amarelas da Revista Veja desta semana, afirma que o resultado das investigações já aponta para erros graves cometidos pelo governo federal na gestão da pandemia, incluindo crime de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).

O senador, que preside a CPI instalada em abril de 2021, deixa claro que a comissão não está atrás de “vingança”, mas sim justiça às milhares de mortes que poderiam ser evitadas. “A política do governo nunca esteve voltada para a imunização, mas sim para alguns programas tirados em gabinete paralelo e isso nos levou ao caos. Aqueles que foram omissos em relação à doença terão de ser responsabilizados pelos seus atos e se os indícios forem contra o presidente (Bolsonaro) ele sem dúvida estará no relatório final”, ressaltou o parlamentar na publicação.

A entrevista também traz a visão do senador sobre as pautas econômicas, que foram utilizadas pelo governo federal como justificativa para incentivar o desrespeito a medidas de isolamento. “A economia não está na situação que está apenas por causa da pandemia, senão o mundo todo estaria quebrado. O Brasil ainda vive muitos problemas como o desemprego, inflação alta, dólar alto, falta de perspectiva de crescimento, política ambiental desastrosa, política social ineficaz de distribuição de renda, energia, gás de cozinha e gasolina aumentando”, pontuou o também coordenador da bancada amazonense no Congresso.

O senador também fala a respeito do negacionismo, da questão dos medicamentos não comprovados cientificamente, da defesa da imunização de rebanho e de uma “anticampanha contra vacinas”. “A Pfizer manda vários documentos, cartas, se oferece, e ninguém dá resposta. E, ainda pior, você buscando a vacina na marra e o presidente fazendo uma anticampanha, dizendo: “Olha, tu vai virar jacaré”, “essa vachina”. O presidente, que era para ser o porta-voz da vacinação, é o porta-voz antivacina, além de ser porta-voz de remédios não comprovados cientificamente”, destacou.

Quando perguntado sobre os impactos da CPI nas eleições de 2022, o senador afirmou que ainda era cedo e demonstrou cautela sobre o assunto. “Não dá para saber. A política é muito dinâmica, as pessoas mudam”.

A CPI está prevista para encerrar os trabalhos na segunda quinzena de setembro. O relatório final deve ser encaminhado ao Ministério Público e demais órgãos, a fim de que deem prosseguimento ao processo de responsabilização civil e criminal, pedindo o indiciamento dos acusados.

Leia a entrevista na íntegra em: https://bit.ly/2XhU5xT

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