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quinta-feira, outubro 24, 2024

‘A intenção do presidente e minha é trazer melhorias para o Amazonas’

Às vésperas da chegada do presidente Bolsonaro a Manaus, o pré-candidato ao Senado e um dos principais apoiadores do presidente no Estado, coronel Alfredo Menezes falou ao O Convergente sobre eleições 2022 e fez duras críticas ao senador Omar Aziz, a quem chamou de inimigo

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Pré-candidato ao Senado nas eleições de 2022, Coronel Alfredo Menezes (Patriota) foi o entrevistado do Portal O Convergente desta terça-feira, 17/8, em uma edição especial do quadro “Debate Político”. Na entrevista, ele detalhou como será a agenda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira em Manaus, onde participará de um evento com o prefeito David Almeida (Avante), e fez duras críticas ao que chamou de “velha política do Estado”. Menezes falou ainda sobre a disputa eleitoral do ano que vem, sobre apoios políticos, carreira e projetos econômicos para o Estado.

Sobre a agenda do presidente, Menezes, um dos principais apoiadores de Bolsonaro no Amazonas, falou que o presidente deve chegar à capital por volta das 9h30, desembarcar no Aeroporto Eduardinho, onde está prevista uma breve parada do presidente para cumprimento aos apoiadores. De lá, Bolsonaro seguirá para a inauguração da etapa B, do Conjunto Habitacional Cidadão Manauara 2, Santa Etelvina, zona Norte.

“A vinda do presidente amanhã é especificamente para a entrega do residencial. Do aeroporto, ele vai diretamente para a entrega, que tem previsão de durar de 45 minutos a uma hora. Do residencial, ele irá retornar para o aeroporto, onde vai embarcar para o Pará”, disse o coronel descartando definitivamente a realização de uma motociata.

Conforme Menezes, a intenção é que o grupo que se formar no aeroporto siga o presidente em comboio até o evento organizado pela Prefeitura de Manaus, em uma espécie de carreata, já que a motociata não pôde ser incluída na agenda do presidente desta vez. “Será (a motociata) em uma nova data que estamos construindo juntamente com a equipe do presidente”, afirmou.

Assim como o prefeito de Manaus, Menezes também fez suspense sobre quais os possíveis anúncios que o presidente Bolsonaro fará durante sua estada na capital.

“No momento que convidei o prefeito para uma conversa com o presidente foi dentro de um contexto de parceria entre Governo Federal e Municipal, em que o Governo Federal pudesse ajudar a cidade de Manaus. O nosso presidente, dentro desse contexto, resolveu atender algumas demandas da prefeitura. Então, com certeza, pode ser que agora ele já tenha a definição de alguma coisa. Sei que está colocando recursos na área da saúde e nas outras áreas creio eu que ele deva anunciar alguma coisa”, explicou Menezes.

Eleições e apoios – Durante a entrevista, Menezes falou ainda sobre a popularidade de Bolsonaro no interior do Estado e na capital, onde o presidente teve um número expressivo de votos nas eleições de 2018.

Questionado sobre o cenário atual, ele disse que o grupo bolsonarista tem trabalhado muito com pesquisas e observado a intenção dos eleitores em apoiar o presidente em uma possível reeleição. “Trabalhamos muito com pesquisa. A gente está caminhando e vendo o que a pesquisa está dando. Aqui, historicamente, o presidente está muito bem”, garantiu.

Em relação a afinidade de Bolsonaro com os parlamentares da bancada do Amazonas em Brasília, e de que forma essas relações interferem ou não em ações voltadas ao Estado, Menezes fez críticas ao que chamou de velha política e disse que o amadurecimento da população, quanto a busca de informações, é o eu pode acabar com práticas nocivas ao Estado.

“Nós temos os Poderes executivo, legislativo e judiciário. Quem representa o povo é o executivo e o legislativo. O que eu vejo que está acontecendo no Brasil, e também no Estado, é um amadurecimento da nossa população. Hoje o político da velha política, acostumado a manipular o povo na mídia, não consegue mais. Os eleitores precisam cobrar as promessas feitas pelos deputados federais e senadores durante as eleições”, opinou.

Para Menezes, que concorreu à Prefeitura de Manaus nas últimas eleições, muitas pessoas de bem estão preparadas para entrar na política, porém a ligação da política com a corrupção acaba afastando o interesse de pessoas de bem.

“Temos empresários, profissionais liberais, pessoas de ponta e de bem bem preparados, mas por causa da corrupção, das pessoas acharem que todo político é envolvido com corrupção, essas pessoas não quiseram colocar seu nome à disposição. Por isso, que sempre são os mesmos atores. E não muda. E esses caras da velha política, que vem conduzindo o Estado, sabem disso”, afirmou.

Menezes defendeu que sua proposta na política “é oxigenar, permitir que novas pessoas do bem entrem para limpar os que estão no poder e só fazem prejudicar” e não contribuir para o desenvolvimento do Estado. “Todo mundo fala que essa bancada que temos é uma das piores que o Estado do Amazonas já teve. E a culpa é nossa, porque fomos nós que votamos. Não representa. Não estamos buscando culpados, estamos falando de amadurecimento político”, disse.

Desejo de mudança – Sobre seu envolvimento na política, Menezes afirmou que as eleições de 2018 mudaram sua forma de pensar e fizeram com que ele desejasse ser a mudança.

“Antes, para você ser um político de destaque, você tinha que ser caudatário do Braga, do Omar, do Arthur, do Amazonino e companhia limitada. Esses caras mandavam na política, e não estou falando aqui algo que a população não conheça. A eleição do governador atual foi um rompimento disso. Algo que aconteceu em outros estados também. Isso foi porque houve um movimento no Brasil, chamado Bolsonaro. E muitas pessoas novas foram eleitas”, opinou.

Vida política – Em relação ao seu interesse na vida política, Menezes garantiu não ter tido essa vontade antes de ser indicado como superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), onde, segundo ele, viu a “podridão dos interesses políticos” e a partir daí teve vontade de fazer algo diferente.

“Eu sou um novo ator. Era meu interesse ser político? Nunca foi. Aí fui convidado para ser superintendente da Suframa e fui conviver exatamente com essa podridão política. Senti na pele essas maracutaias, esse jogo político, a falta de valores. Eu sofri isso na pele dentro de uma instituição pública que não busquei. Aí eu falei: agora acho que posso contribuir, mais ainda, liderando um movimento de limpeza, convocando pessoas do bem”, afirmou.

Sobre sua passagem pela Suframa, Menezes analisou o modelo Zona Franca e disse que o Estado precisa de alternativas econômicas, o que, em sua avaliação, nunca foi feito. Menezes garantiu que a ZF nunca sofreu ataques.

“Não existem ataques à Zona franca de Manaus. Esse grupo político velho que domina o Estado há 40 anos, todas essas lideranças, que em parte nos representa no Congresso, diz isso. Esse é o discurso que eles colocam para a população, para esconder exatamente o que eles não fizeram ao longo dos anos. Isso é a resposta que eles têm na mão”, criticou ao dizer que outras alternativas econômicas para o Estado nunca foram criadas.

Pré-candidatura – Sobre sua pré-candidatura ao Senado, ele falou que a ideia foi do presidente Bolsonaro e que ele vai trabalhar para que isso concretize.

“Quando terminaram as eleições da prefeitura peguei meu número de votos e levei ao presidente. Ele olhou para mim e disse que eu era o pré-candidato a um cargo majoritário no Amazonas em 2022. Eu não fui lá e disse que queria ser governador ou senador. Eu sou soldado, eu tenho disciplina intelectual. Então o presidente falou que íamos trabalhar no Senado. Eu tenho o apoio dele e ao Senado Federal”, falou.

Quanto a um possível apoio ao atual governador do Amazonas, Wilson Lima, Menezes não afirmou e nem descartou a possiblidade. Disse apenas não se negar a conversar com quem o procura, mas não se mostrou receptivo a uma possível conversa com o senador Omar Aziz (PSD), a quem fez duras críticas.

“Na política ou na vida temos inimigos ou adversários. Omar Aziz é inimigo, não adversário. Um cara com um caráter sujo do jeito que ele é, tem que ser inimigo da sociedade amazonense. Você não pode conversar com um cara desses, que não tem nada a acrescentar de bom. Fora isso, esses seres abjetos, a gente conversa”, disse ele ao dizer que conversar não faz mal com quem de fato não é inimigo.

“Por exemplo, o governador me chamou para conversar sobre algumas áreas, então eu fui lá. O prefeito David Almeida me chamou para conversar. Hoje eu sou uma figura pública, política. Então eu fui lá e conversei. Porque se eu não converso, o inimigo vai lá e conversa. Então conversar faz bem, saber como é. Não temos tratado de apoio, de nada”, garantiu.

Sobre a disputa direta com o senador Omar e o fato dele estar em grande visibilidade por presidir a CPI da Covid, Menezes disse não temer a disputa eleitoral em função disso. “Não sei que visibilidade ele está tendo e não estou preocupado com isso. O que nós temos que fazer é pegar o sonho, acreditar e trabalhar nele. Deixa o teu inimigo fazer o que quiser. E nós vamos conversar com a população”, disse ele ao garantir que a intenção dele e do presidente é trazer melhorias para o Amazonas.

Confira a entrevista na integra: 

Confira imagens da entrevista: 

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Por Izabel Guedes

Fotos e Vídeo : Marcus Reis

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