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segunda-feira, julho 8, 2024

Aziz pedirá que Defensoria do AM solicite indenização a famílias com vítimas de Covid

O parlamentar ressaltou que mesmo após a crise sanitária, que culminou com a falta de oxigênio no Amazonas, a Vitamedic patrocinou, em R$ 700 mil, manifesto em apoio ao tratamento precoce e ao uso de medicamentos não comprovados cientificamente

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O senador e coordenador da bancada amazonense no Congresso Nacional, Omar Aziz (PSD-AM), informou, durante sessão desta quarta-feira, 11/08, da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPI), que formalizará solicitação junto à Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), para que seja dado início a processo de indenização a familiares de vítimas da Covid-19, que foram orientados a fazer uso de medicamentos sem comprovação científica.

A decisão foi anunciada durante o depoimento na CPI, do diretor da Vitamedic, Jailton Batista, uma das farmacêuticas que produz ivermectina no país. O laboratório teve um faturamento de R$ 534 milhões, em 2020, valor mais de R$ 300 milhões superior aos R$ 200 milhões de ganhos, no ano anterior. Na oportunidade, o diretor também confirmou que patrocinaram, em R$ 700 mil, publicações em jornais de grande circulação do Brasil, de manifesto da Associação Médicos Pela Vida, que indicava o tratamento precoce contra Covid-19.

“Esse manifesto é do dia 16 de fevereiro e ele também foi publicado no dia 23 e 24 de fevereiro de 2021, depois do caos que tinha acontecido no Amazonas. Eles já sabiam, por experiência na cidade de Manaus, que isso não funcionava. Chegamos à morte de mais de 200 pessoas por dia na cidade de Manaus. E nem isso sensibilizou o laboratório em perceber que era um engodo, que era uma mentira, que eram fake news, não. Visou lucro, mancomunado com alguns médicos. (A Vitamedic) tinha um faturamento de R$200 milhões, vai para R$534 milhões à custa de vida de brasileiros”, destacou Omar Aziz.

O senador informou que pedirá à DPE-AM que entre com um processo de indenização em favor dos familiares de vítimas de Covid-19 que foram a óbito, ou ficaram com sequelas após serem induzidas ao uso de medicamentos sem comprovação científica. “Fazer uma ação em nome dessas pessoas que foram medicadas com isso e foram a óbito acreditando nisso, principalmente aqueles que estão hoje com problemas hepáticos por terem tomado em excesso (a medicação)”, afirmou.

Ainda durante a sessão desta quarta-feira, o defensor público Geral do Amazonas, Ricardo Paiva, enviou mensagem ao senador, em que confirmou ter tomado conhecimento da solicitação do parlamentar e afirmou que seria dado encaminhamento ao “defensor com atribuição para atuar na matéria”.

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Com informações da assessoria de comunicação

Fotos: Ariel Costa

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