O depoimento do empresário Carlos Wizard foi remarcado para o próximo dia 30/6, na CPI da Covid, no Senado. A informação foi confirmada pelo presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), durante entrevista, na manhã desta segunda-feira, 21/06. De acordo com o parlamentar, os advogados do empresário procuraram a CPI e informaram que o cliente se apresentaria em data e hora agendadas pela comissão investigadora.
Segundo Aziz, os integrantes do G7 haviam decidido, no final de semana, que além do pedido de condução coercitiva acionariam a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para localizar Wizard, caso o mesmo continuasse sem dar retorno às comunicações da secretaria do colegiado. O G7 é o grupo majoritário de integrantes da CPI da Covid, formado por senadores que se classificam como de oposição ou independentes ao governo.
“O depoimento está marcado para a próxima quarta-feira (30/10), às 9h (horário de Brasília). Então, de hoje até quarta-feira, ele tem 10 dias para se organizar e vir ao Brasil”, destacou o senador.
Carlos Wizard é suspeito de integrar o chamado “Gabinete Paralelo”. Segundo o ex-ministro da Saúde (MS), Eduardo Pazuello, o empresário atuou informalmente como conselheiro dele por um mês e chegou a ser indicado para uma secretaria do órgão, mas recusou o convite. O depoimento dele estava agendado para a última quinta-feira, 17/06, mas Wizard não compareceu.
Esta semana – Amanhã, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS)comparecerá à CPI como convidado. Segundo a Agência Senado, o parlamentar foi apresentado como “padrinho” de um grupo de médicos que apoiavam o uso de remédios sem eficácia contra a Covid-19 durante reunião com o presidente Jair Bolsonaro, em setembro do ano passado. Também apontado como integrante do “Gabinete Paralelo”, Osmar foi citado pela primeira vez em maio, durante depoimento à CPI, do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Na quarta-feira, 23/06, será a vez do empresário sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, que entre outros questionamentos deverá esclarecer porque a empresa atuou como intermediária no processo de compra da Covaxin. E na quinta-feira, 24/06, será ouvido o assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, que foi citado durante depoimento de Fábio Wajngarten.
Já na sexta-feira, a CPI da Covid escuta os depoimentos da diretora-executiva da Anistia Internacional e Coordenadora do Movimento Alerta, Jurema Werneck; e o epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal.
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Com informações da assessoria de imprensa
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