Os ânimos ficaram exaltados entre os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) durante o pequeno expediente desta quarta-feira, 14/4. Presidida pelo vereador Wallace Oliveira (Pros), em substituição ao presidente David Reis (Avante) que mais uma vez esteve ausente dos trabalhos na casa, a sessão foi marcada por bate-boca entre os vereadores Wallace e Jaildo Oliveira (PCdoB).
Discordâncias de entendimentos quanto ao regimento interno da casa foram a motivação. O vereador Wallace Oliveira foi ríspido com seus colegas de parlamento que solicitaram inscrição na Ordem do Dia e, antes que pudessem argumentar, deu por encerrado o momento de inscrição.
O parlamentar informou que pelo regimento interno 15 vereadores já estavam inscritos na Ordem do Dia e questionou a falta de interesse dos demais colegas em fazer a inscrição antes do início do pequeno expediente. O que corriqueiramente é feito nas sessões da casa, segundo ele.
“Vossas excelências sempre procuram a mesa para se inscrever. Agora eu gostaria de pedir aos senhores que deliberassem aqui qual vai ser o procedimento para inscrição para o pequeno expediente. Só haverá inscrição na hora da abertura. Fica pacificado o assunto. Então estou delegando à mesa que não se faz mais inscrição de vereadores para o expediente de forma antecipada. Não vai mais ser assim. Então acabou a questão”, afirmou em tom de irritação.
Contrariado, o vereador Jaildo Oliveira disse estar sendo impedido de exercer seu direto e exigiu que sua inscrição na Ordem do Dia fosse autorizada. “Presidente, gostaria de me inscrever. Não vi vossa excelência fazer a inscrição conforme o regimento. Cheguei aqui cedo e o senhor está tirando o meu direito”, reclamou.
Em resposta Wallace Oliveira, interrompido por várias vezes pelo vereador Jaildo, falou que cederia sua vez ao parlamentar. “Eu vou dar a minha inscrição para a vossa excelência. Eu estava aqui presidindo a tribuna e me inscrevi no momento que passou a relação”, disse ele ao questionar a ausência de outros vereadores.
O clima tenso levou o vereador Marcelo Serafim (PSB) a pedir calma dos colegas e continuidade na sessão, pois projetos importantes precisavam ser votados. “Sem querer polemizar, a gente já tem um avançar da hora e temos uma pauta longa. Proponho que a gente discuta a sistemática do pequeno expediente em outro momento. Se continuarmos dessa forma, não vamos conseguir dar andamento a pautas importantes para a cidade de Manaus”, alegou.
Em virtude da discussão em torno do assunto, o presidente da mesa leu um trecho do regimento interno, explicando como os parlamentares devem proceder para falar no pequeno expediente. E afirmou que “o vereador que não estiver em plenário, não vai ter direito de fazer uso da palavra. Está pacificado o assunto. Morreu”, disse antes de iniciar a votação.
Presença virtual – A presença virtual na sessão e o pedido de urgência na votação de alguns projetos também deixou o clima tenso na Casa Legislativa.
O vereador Amom Mandel (PODE) pediu urgência em um dos seus projetos, mas ao não ser atendido reclamou da situação e foi criticado pela vereadora Glória Carrate (PL).“Eu fiz o meu pedido de urgência na ordem. Eu tenho a prerrogativa de pedir isso. Eu solicitei na mesma hora”, reclamou o parlamentar ao ter o pedido negado pela presidência e questionado por outros vereadores presentes na CMM.
Sobre o assunto Glória Carrate, que secretariava o presidente afirmou em resposta a Amom “deveria estar presente aqui e não de forma virtual”.
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Por Izabel Guedes
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